As profecias bíblicas estão tendo o seu fiel e cabal cumprimento nos dias atuais (cf. Mt 24.35), indicando que "o fim vem" (cf. Ez 7.2). A Bíblia adverte que nos últimos dias sobreviriam "tempos trabalhosos" (cf. 2 Tm 3.1) e alguns apostatariam da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios (cf. 1 Tm 4.1). O tempo que o apóstolo Paulo predisse chegou: "Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina", 2 Tm 4.3 ARA.
A falta de compromisso bíblico e doutrinário nas canções e pregações contemporâneas comprova que muitos pregadores e cantores não estão "retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina'" (cf. Tt 1.9). À semelhança de Arão, muitos querem agradar o povo (cf. Ex 32.1-5), deixando de disseminar as verdades centrais da fé cristã e apresentando para as pessoas um pseudo-evangelho recheado de conquistas, milagres, vitória, sonhos, bênçãos e entretenimento (preste atenção como as mensagens e músicas atuais giram em torno desses temas). Um verdadeiro triunfo da promoção do evangelho agradável, triunfalista, antropocêntrico e egocêntrico.
Enquanto os termos que animam, elogiam e massageiam o ego do crente estão "em alta", a mensagem da cruz, o arrependimento, a regeneração, a renúncia, a santificação, a volta de Jesus Cristo e outras verdades relevantes da fé cristã são temas raros em hinos e sermões. Onde está o evangelho bíblico e cristocêntrico (cf. 1 Co 2.1-5; 15.3,4)? Infelizmente, esquecido por muitos. Haja vista ser uma mensagem que não agrada a maioria, não arranca aplausos e confetes, nem proporciona um exorbitante cachê, tampouco as agendas mais concorridas. Por outro lado, a proclamação da mensagem bíblica de forma fiel e compromissada, produzirá crentes sãos na fé (cf. Tt 1.13), inteirados (cf. 2 Tm 3.14) e sábios para a salvação (cf. 2 Tm 3.15).
Pouco adianta torcer a verdade com o propósito de conquistar grandes aglomerados humanos (cf. At 20.30, KJA), pois apenas torcem as escrituras para própria condenação (2 Pd 3.16). Jesus, o modelo supremo para todo crente, nunca deixou de pregar a verdade para não perder as multidões (cf. Jo 6.53-69), mas Ele sempre priorizou a verdade (1 Pd 2.22). Embora uma multidão o seguisse (cf. Mt 4.25, 1 Co 15.6), apenas "quase 120 pessoas" (cf At 1.15) perseveraram em suas palavras (cf. Lc 24.49, At 1.4), porém essas alvoroçaram o mundo (At 17.6), uma vez que anunciaram o evangelho de Cristo que é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê (cf. At 8.5,Rm 1.16).
Em tempos em que a eleveção de um evangelho "light e diet" é proeminente em detrimento do verdadeiro evangelho de Cristo, as mensangens que verdadeiramente libertam e edificam estão escassas nos sermões dos "pregadores-animadores-contadores-de-história" e nas canções dos "cantores-ídolos", o conselho do apóstolo Paulo continua firme àqueles que querem se conformar com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo: "Conserva o modelo da sãs palavras que de mim tens ouvido, na fé e na caridade que há em Cristo Jesus." (2 Tm 1.13).
No amor de Cristo.
Charles Araújo